A telemedicina pode agregar bastante à rotina de clínicas, consultórios e hospitais.

O uso da tecnologia permite ampliar a oferta de serviços aos pacientes ao mesmo tempo em que reduz custos.

Neste artigo, vamos explicar o conceito e como funciona a telemedicina na prática, trazendo dicas para a implantação no seu negócio.

Acompanhe para saber mais!


Conceito de Telemedicina


A telemedicina é uma área da telessaúde que faz uso de tecnologias da informação e comunicação (TICs) em apoio a diagnósticos médicos. No Brasil, ela é praticada a partir da interpretação de exames e da oferta de segunda opinião médica.

Esses serviços são autorizados e regulamentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Já em outros países, a telemedicina também pode ser empregada no atendimento remoto de pacientes, como por vídeoconferência.

Em todos os casos, a característica principal da abordagem é que o solicitante sempre se comunica com um médico especialista na outra ponta da linha.

Seja para interpretar um exame de imagem, para esclarecer dúvidas ou para acompanhar um atendimento por vídeo, essa é uma atribuição do profissional médico.

Além do vídeo, outras tecnologias são utilizadas no processo, como o telefone e, especialmente, a internet. Já nos primórdios da telemedicina, no século XIX, a transmissão das informações médicas ocorria a partir do telégrafo.


Como funciona a Telemedicina 


Resumidamente, a telemedicina acontece da seguinte forma para a emissão de laudos à distância:

  1. Um exames de diagnóstico por imagem, como eletrocardiograma ou tomografia computadorizada, é realizado a partir de aparelho digital

  2. Os dados coletados junto ao paciente são enviados a um computador, de onde partem para o armazenamento em nuvem em uma plataforma específica

  3. Essa plataforma online é acessada de forma remota por profissionais da empresa de telemedicina

  4. Eles observam as informações, interpretam os resultados, registram suas conclusões em um laudo médico e o assinam digitalmente

  5. Depois disso, o documento é disponibilizado na mesma plataforma, onde pode ser visualizado pelo médico que solicitou o exame, pelos profissionais que o realizaram e até pelo paciente, desde que tenha login e senha para o acesso.

O uso da telemedicina para a obtenção de segunda opinião médica segue processo semelhante.

É por meio da plataforma em nuvem que profissionais registram suas dúvidas e especialistas da empresa de telemedicina as respondem.


Telemedicina e o Brasil 


A história da telemedicina no Brasil começa na década de 1990, que foi quando empresas começaram a disponibilizar exames de eletrocardiograma a distância.

O pioneiro na sua interpretação foi o Incor (Instituto do Coração). Na época, a tecnologia utilizada era o fax.

Desde então, obviamente, muita coisa mudou - e evoluiu. Tanto que chegamos hoje ao uso das computação em nuvem.

Para acompanhar esse movimento, o Conselho Federal de Medicina publicou, em 2002, a Resolução CFM nº 1.643, na qual define a telemedicina como o exercício da Medicina através da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em saúde.

Embora publicado há 17 anos, o texto legal continua vigente. Ele não prevê, por exemplo, o uso da telemedicina no Brasil para o atendimento a pacientes, nas chamadas teleconsultas.

No entanto, essa é uma mudança esperada para breve. 

Em 2018, o CFM chegou a publicar uma nova regulamentação, abrindo a possibilidade de consultas remotas. Foi a Resolução CFM nº 2.227/2018 - que acabou revogada dois meses depois a pedido de profissionais e entidades médicas que desejam promover alterações no texto.


O papel da Telemedicina na ampliação ao acesso de saúde 


Ainda que restrita aos laudos médicos e à segunda opinião qualificada, a telemedicina já é responsável por promover o maior acesso à saúde para os brasileiros.

Os impactos da tecnologia aparecem especialmente no interior do país, em cidades afastadas dos grandes centros e onde a oferta de exames de imagem é menor.

Segundo a pesquisa Demografia Médica 2018, que envolveu o CFM, a Universidade de São Paulo (USP) e o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), a desigualdade na distribuição de médicos no Brasil é um dos grandes entraves para o acesso à saúde.

Foi observado, por exemplo, que 39 dos 5.570 municípios concentram 60% de todos os médicos do país.

Com isso, faltam profissionais especialistas para laudar exames, o que limita a oferta deles.

Cabe lembrar que, enquanto a emissão de laudos é um ato médico, a realização dos exames pode ser atribuída a técnicos de enfermagem ou em radiologia, desde que devidamente treinados para isso.

Nesse sentido, com o apoio da telemedicina, clínicas, consultórios e hospitais podem oferecer exames importantes à população sem precisar arcar com os custos de contratação de médicos especialistas.

Também empresas de telemedicina costumam ofertar o aluguel em comodato de aparelhos médicos. Significa que, se a unidade de saúde não dispõe de um tomógrafo, por exemplo, esse aparelho pode ser cedido sem custos pela parceira enquanto durar o contrato com ela para a emissão dos laudos.


Inovações na Telemedicina 


A tecnologia na área da saúde está sempre em evolução. O próprio uso da computação em nuvem na telemedicina é uma prova disso, depois de passar pelo telégrafo, o fax e o telefone.

Para os próximos anos, são esperadas novas contribuições com as seguintes tecnologias:

  • Internet das Coisas: com mais “objetos conectados”, novos dados devem ser gerados, qualificando a abordagem médica e ampliando o monitoramento de pacientes

  • Big Data: análise e interpretação de grande volume de dados deve permitir o cruzamento de informações, com diagnósticos e tratamentos mais assertivos

  • Blockchain: a tecnologia famosa nas operações com bitcoins também tem muito a agregar na saúde, com maior proteção às informações e acesso seguro por especialistas

  • Aplicativos médicos: eles já são uma realidade também na área médica e, em breve, devem agregar ainda mais funções para qualificar as ações em telemedicina, seja para demandas técnicas ou de organização da rotina.


Vantagens da Telemedicina 


Depois de conhecer detalhes sobre a telemedicina, seu funcionamento e o que esperar do futuro, fique de olho nesta lista, que resume as principais vantagens do processo:

  • A telemedicina possibilita a clínicas, consultórios e hospitais aumentar o portfólio de exames oferecidos

  • Amplia o acesso a diagnósticos mesmo em áreas afastadas dos grandes centros

  • Encurta distâncias para o paciente, que passa a resolver suas demandas médicas mais próximo de casa

  • Reduz o tempo de espera por exames médicos importantes

  • Com o armazenamento em nuvem, não há necessidade de as unidades dedicarem espaço físico para a guarda de exames

  • Pela mesma razão, é praticamente nula a possibilidade de perder algum exame

  • De forma online, o acesso e o compartilhamento das informações é facilitado

  • Em radiologia, a telemedicina eliminou a necessidade de uso de filmes radiológicos, substituindo-os pelas imagens digitais

  • Na segunda opinião médica, profissionais são rapidamente esclarecidos a respeito de condutas orientadas por especialistas

  • O laudo médico à distância fica disponível em poucos minutos na plataforma de telemedicina

  • Unidades de saúde reduzem custos com a contratação de especialistas e a compra de aparelhos médicos (aderindo ao comodato).


Como aplicar na sua clínica


O uso da telemedicina em clínicas médicas depende de equipamentos digitais para a realização dos exames.

São eles que vão permitir que os registros coletados sejam direcionados ao computador e, dali, disponibilizados na plataforma de telemedicina.

Podem ser ofertados exames como eletrocardiograma, eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética, mamografia e radiografias diversas.

O próximo passo é firmar parceria com uma empresa do setor, que será responsável por interpretar os exames e emitir os laudos, além de disponibilizar a plataforma onde tudo acontece.

A Telemedicina Morsch atua desde 2001, atendendo às especialidades de cardiologia, neurologia, pneumologia e radiologia, entregando laudos médicos em até 30 minutos. Já demandas urgentes são atendidas em tempo real.

A empresa possui uma plataforma própria e moderna (que pode ser testada gratuitamente), além de oferecer comodato para uma série de equipamentos médicos.


Conclusão


Vimos neste artigo o que é telemedicina e como ela pode agregar valor a unidades de saúde.

Se a sua clínica ainda não investe nessa tecnologia, o momento é propício para isso, já que os ganhos são claros e muitas inovações vêm por aí.

Aproveite para compartilhar este conteúdo e deixar um comentário, relatando suas experiências e expectativas com a telemedicina.