Graças aos esforços da ABEM, há dez anos o dia 30 de agosto ganhou um significado especial.  Hoje comemora-se o dia nacional da conscientização sobre a esclerose múltipla com o intuito de aumentar a visibilidade do tema. De acordo com a OMS, cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo possuem a doença e, só no Brasil, são 35 mil jovens. Entretanto, poucos possuem conhecimento sobre a enfermidade. Confira abaixo as informações mais relevantes sobre o assunto. 

O que é Esclerose Múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória, crônica e autoimune que afeta o sistema imunológico. Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos,  atacam as células saudáveis da medula espinhal, mais especificamente da bainha de mielina que reveste os axônios. Ao serem destruídas, o organismo se deteriora de forma irreversível. A patologia ainda não tem cura e os tratamentos existentes auxiliam na qualidade de vida e progressão da EM.

Causas

A EM está sob constante análise de pesquisadores médicos, mas até o momento não foram mapeadas as causas de seu aparecimento. Ainda assim, alguns fatores devem ser levados em consideração:  

 - Problemas genéticos

Alguns pesquisadores perceberam uma relação hereditária entre pessoas que possuem esclerose múltipla. Analisando o histórico familiar, percebe-se que parentes de grau próximo possuem alta probabilidade de passarem a doença para seus descendentes. No entanto, há aqueles que defendem a ideia de que a doença aparece ao ser ativada pelo meio em que vivem, ou seja, seja causada por uma predisposição genética.

 - Disfunções hormonais

O corpo passa por alterações hormonais em algumas fases da vida, como na gravidez. Certos cientistas acreditam que as mudanças possam desencadear a esclerose múltipla. A justificativa é que níves desregulados de testosterona e progesterona afetam o sistema imunológico de diversas maneiras. 

 - Infecções virais

Há aqueles que acreditam que a esclerose múltipla possa aparecer por causa da infecção viral, como a causada pela mononucleose e pela varicela-zóster. Até o momento não há nenhuma prova concreta.

Sintomas

A esclerose múltipla começa de maneira bem sutil com sintomas intermitentes que podem ocorrer a qualquer momento. Os indícios iniciais duram cerca de uma semana, mas os pacientes podem passar quase três anos apresentando pequenas ocorrências sensitivas transitórias. A evolução da doença aumenta também a expressividade do quadro. 

O diagnóstico deve ser feito por um médico especialista depois de uma análise profunda dos sintomas apresentados e dos exames de sangue e ressonância magnética. 

Fraqueza

Cansaço

Visão turva

Visão dupla

Perda visual prolongada

Espasmos musculares

Perda da coordenação motora

Perda de equilíbrio

Dores musculares e ósseas

Problemas na fala

Dificuldade de raciocínio

Alterações no controle da urina

Perda de memória em curto e longo prazo

Entorpecimento ou formigamente nas pernas ou de um só lado do corpo

Tratamentos

A esclerose múltipla não tem cura, mas possui tratamentos eficazes que abreviam a fase aguda e prolongam o intervalo entre os surtos. Os corticosteroides reduzem a intensidade dos sintomas, enquanto os imunossupressores e imunomoduladores ajudam a espaçar os episódios e diminuem o impacto negativo das ocorrências. 

Recomenda-se também que os pacientes mantenham uma rotina de exercícios, façam fisioterapia periodicamente e permanecam de repouso durante as crises. 


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