Conversando com um cliente, na última semana, ele me fez o seguinte questionamento: “Maísa, por que o software médico do Shosp cobra por recursos que são gratuitos?” E realmente… se um recurso é gratuito e a minha empresa cobra por ele, essa prática poderia até ser considerada abusiva, não?

Bem, o que posso dizer a respeito dessa conversa é que foi bastante interessante. Ela me fez entender que os serviços por assinatura já estão tão entranhados nas nossas vidas, que muitas vezes a gente até tem dificuldade de entender que aquilo pelo qual estamos pagando é, na verdade, um serviço que a empresa está nos prestando.

Vem comigo, vou elaborar melhor.

Serviços por assinatura já circulam entre nós há anos e, cada vez mais, esse modelo de negócios vai tomando corpo e se consolidando nos mais diferentes mercados. É muito possível que você já consuma, tenha consumido ou ao menos conheça alguém que assine algum tipo de serviço. Afinal, eles vão desde os streamings, como a pioneira Netflix; passando pelos clubes de assinatura como a Wine, por exemplo; até chegar nos softwares SaaS, como a gigante brasileira do marketing digital, Resultados Digitais - recentemente adquirida pela Totvs.

Dentre esses três exemplos que citei, embora cada um deles ofereça um único serviço aos seus respectivos assinantes, todos eles oferecem diferentes planos de assinatura. E, por meio de diferentes planos, eles disponibilizam mais ou menos recursos - ou diferentes categorias de produtos, no caso da Wine.

Vamos aos exemplos.

Na Netflix a depender do plano escolhido, você terá acesso a uma resolução de maior ou de menor qualidade, e terá disponibilidade de acesso simultâneo em mais ou menos dispositivos. Na Wine, a diferença entre os planos está na exclusividade dos rótulos, que podem ser vinhos mais acessíveis ou vinhos superiores. E por fim, na Resultados Digitais, os diferentes planos vão determinar a quantidade máxima de leads que você gerencia em sua conta e os recursos do software a que você terá acesso.

Mesmo com cada um no seu mercado, viu o que os diferentes modelos têm em comum? O “serviço global” oferecido é sempre o mesmo, mas de acordo com o plano de assinatura, varia sua “robustez”.

Além desses exemplos, posso ir até mais longe na provocação, com serviços que não são cobrados em formato de assinatura, mas que também deveriam ser “gratuitos”. Veja os aplicativos de transporte e comida, como por exemplo Uber e iFood. Eles prestam serviços que podem ser realizados de maneira gratuita. No primeiro caso, você pode ir a pé aos lugares e no segundo você poderia fazer sua própria comida ou buscá-la no restaurante. Por que esses aplicativos cobram de nós e dos motoristas e estabelecimentos parceiros, então?


Maísa, você está enrolando para não explicar por que o Shosp cobra por recursos gratuitos?


Decidi fazer esse paralelo inicial, com outros serviços de assinatura, para reforçar aquilo que disse no começo. Sobre esse modelo estar tão enraizado na nossa rotina que a gente mal se lembra quais são os recursos específicos pelos quais pagamos. Ou vai me dizer que você se lembrava que na Netflix, além da quantidade de dispositivos simultâneos, havia uma diferença na qualidade da resolução?

Bem, em todo caso, para focarmos no mercado de saúde, vou me ater especificamente ao modelo também adotado pela Resultados Digitais: do software como serviço - ou simplesmente “SaaS” (software as a service).

É que quando a gente entra no mundo dos sistemas para clínicas, o modelo SaaS já está mais que consagrado e validado junto aos médicos e administradores de clínicas. Na última semana mesmo, nosso CEO Rodolfo Canedo escreveu um artigo excelente sobre os diferentes sistemas para clínicas e falou bastante sobre o modelo SaaS e suas vantagens. Quando acabar aqui, inclusive, recomendo fortemente a leitura do artigo dele, sobre qual o melhor software você deve escolher para a sua clínica.

Mas vamos lá, continuando.

Junto com os avanços da tecnologia e as demandas crescentes dos mercados, existe um ponto muito importante para a rotina das empresas: estamos cada dia mais conectados e a integração entre as plataformas é, consequentemente, cada dia mais necessária.

No mercado da saúde essa integração é especialmente importante. Afinal, um bom sistema para clínicas oferece recursos que vão desde a captação e o agendamento de pacientes, passando pelo seu atendimento clínico, até chegar nas questões administrativas de faturamento TISS, controle de estoque e gestão financeira. E, se você administra uma clínica, você sabe muito bem que cada área dessa, por si só, já é um universo inteiro.

Isto é, somente para captar novos pacientes e administrar seus agendamentos, já existem diversas etapas e protocolos a serem executados. Para o atendimento clínico então, além do atendimento em si, existem a solicitação de autorização do atendimento, nos casos de planos de saúde; a prescrição de medicamentos; o laudo de um exame, a assinatura do prontuário e por aí vai. Cada uma dessas etapas, como disse, já são um “universo inteiro por si só”. E é por isso que existem ferramentas específicas para cada uma delas.

O que um bom sistema para clínicas faz é oferecer seus próprios recursos e além disso se integrar com as ferramentas especialistas de cada área. Afinal, já pensou ter um sistema para agendar, outro para pedir autorização aos convênios, outro para fazer o prontuário eletrônico, outro para prescrever medicamentos, outro para laudar e no final de tudo, ainda levar esses dados para uma outra plataforma e fazer a sua assinatura digital?


Eu espero profundamente que essa não seja a realidade da sua clínica! Já existem formas muito mais assertivas de gerenciar tudo isso.


O ideal para sua clínica é que você tenha uma plataforma única, em que possa concentrar todas as suas macro áreas de gestão sem trocar de abas do navegador a cada nova etapa do atendimento ao paciente. Vou usar o Shosp com exemplo disso que estou falando, porque é exatamente o que fazemos há anos. 

Para trabalhar melhor a captação e a fidelização de pacientes, somos integrados com a Resultados Digitais. Para otimizar o tempo de atendimento no consultório, nosso prontuário eletrônico é integrado com a plataforma de prescrição da Memed. Para agilizar a rotina da recepção, nossa agenda é integrada com a Orizon para autorização de procedimentos junto aos planos de saúde. 

Além de várias outras integrações como, por exemplo, com o Google Calendar, a Neomed, o certificado digital da Soluti e vários outros softwares que deixam nossos módulos ainda mais completos.

Uma pausa no assunto desse artigo: me diga depois se você gostaria de ver um conteúdo exclusivo a respeito de todas as integrações do Shosp e como elas funcionam, que eu volto aqui para contar mais detalhes.

Voltando.

Eu não estou te contando sobre as integrações do Shosp para puxar sardinha, exemplificando o que um bom sistema para clínicas deve ter. Eu estou te dando todos esses exemplos para te fazer uma pergunta.


Por que os serviços do Shosp são cobrados então?


Se o que a gente faz é só centralizar os serviços de outras plataformas em um único lugar, pelo que a gente cobra? Por que não oferecer todos os recursos e integrações em um único plano de assinatura do software?

Bem, vê como foi interessante a minha conversa com nosso cliente?

O assunto que originou esse artigo foi uma pergunta especificamente sobre a nossa integração com o WhatsApp. É que o cliente em questão disse: “Maísa, o WhatsApp é uma ferramenta gratuita. Porque eu pago ao Shosp para poder usá-lo, e por que só está disponível no seu maior plano?”.

Com base em tudo que leu até aqui, você já é capaz de responder a essas perguntas?

Tudo bem, vou te ajudar. Se a secretária da sua clínica, manualmente, abre o WhatsApp e conversa com seus pacientes para confirmar consultas, por exemplo, você de fato não está tendo custo nenhum com o WhatsApp especificamente, certo? Mas você está pagando à sua secretária por seus serviços, que incluem utilizar o aplicativo de mensagens em questão.

A mesma lógica também serve para a emissão de notas fiscais aos pacientes. Você não paga nada ao site da prefeitura de sua cidade para utilizar esse serviço. Mas como é o seu responsável financeiro, ou mesmo você, que vai acessar a plataforma, preencher os dados e emitir a nota, então existe sim um custo inerente à realização do serviço.

Quando você traz qualquer desses serviços para dentro de um software médico como o Shosp, portanto, é o software que vai realizar a tarefa de enviar a mensagem ou de emitir a nota fiscal ao paciente. Entende? Você não está pagando por algo que é gratuito. Você está pagando pelo serviço que o software está realizando. Por isso do nome “software as a service”.

Segunda pausa no assunto desse artigo: se você é como eu e já está lendo tudo isso e pensando lá na frente “ué, se o software fizer tudo eu não tenho mais por que ter colaboradores na minha clínica”... Não é bem assim. Lá em 2019 fiz um vídeo falando das vantagens de se desafogar a recepção, com o uso de tecnologia, que fala exatamente sobre isso. Recomendo fortemente que assista quando acabar aqui.


Os recursos (e serviços) cobrados por um software de modelo SaaS


Lá no artigo do Rodolfo, que mencionei mais cedo, ele explica que na contratação de um SaaS você paga sempre uma recorrência (seja mensal, semestral ou anual) e pode ser que pague também uma taxa inicial de implantação. Mas, se como ele diz, um software de modelo SaaS não é personalizável para sua clínica e já está pronto para o uso, o que seria uma taxa de implantação (ou onboarding, como é chamado em alguns casos)?

E mais: é super comum que empresas de software SaaS ofereçam, além do atendimento e do suporte inclusos na recorrência, uma central de ajuda com vídeos e artigos que explicam as funcionalidades do sistema.

O que é, então, uma taxa de onboarding? Acertou quem disse: um serviço prestado.

Repito, “serviços por assinatura já estão tão entranhados nas nossas vidas, que muitas vezes a gente até tem dificuldade de entender que aquilo pelo qual estamos pagando é, na verdade, um serviço que a empresa está nos prestando”.

O onboarding de um software não é um treinamento de uso; para isso existe o acesso liberado à central de ajuda e ao time de atendimento. O onboarding de um software também não é uma reunião para personalização do software; você já sabe que esse tipo de serviço existe apenas nos softwares desenvolvidos sob demanda. O onboarding de um software, portanto, é o serviço que dedica o tempo e o conhecimento de um consultor da empresa em questão para entender as suas dores e processos internos de gestão da sua clínica, para orientar você e sua equipe a como executar tais protocolos usando os recursos que o software oferece.


Por que o modelo SaaS funciona desse jeito e tem como fugir disso?


Para responder a essas perguntas basta entender que ao contratar um sistema para sua clínica, os diferentes modelos de negócios de cada empresa vão sempre, necessariamente, trazer pontos favoráveis e pontos desfavoráveis na sua visão.

Assim, reitero o convite para complementar a sua reflexão, após a leitura do meu artigo, lendo também o artigo do Rodolfo. Lá ele fala especificamente sobre os prós e contras de cada tipo de sistema para clínicas, justamente para que você possa tomar uma decisão bem embasada.

Se não te agrada o modelo de negócios das empresas de softwares SaaS, você tem uma imensidão de oportunidades e opções para informatizar a sua clínica. Pode ser que você prefira pagar pelo desenvolvimento de um recurso uma única vez, ao invés de assinar o direito de uso a uma plataforma que oferece tais recursos. Está tudo bem se for o seu caso. É para isso que existem opções.

Então, para encerrar minha reflexão de hoje, eu endereço a você a pergunta que iniciou todo esse papo. Afinal, o Shosp cobra por recursos que são gratuitos?

E aproveito para pontuar que caso haja qualquer outra dúvida, fique à vontade para entrar em contato com os nossos especialista em gestão ao clicar na imagem abaixo. Vamos esclarecê-las o mais rápido possível.